terça-feira, 23 de junho de 2009

Do mesmo saco

Dois assessores do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), reuniram a imprensa ontem para defender o "patrão" da tentativa de ligá-lo a um vídeo divulgado no Fantástico do último domingo. Nas imagens, o ex-secretário de Assuntos Metropolitanos, Manassés de Oliveira, e outras 20 pessoas recebem dinheiro das mãos de Alexandre Gardolinski, coordenador do Comitê Lealdade, formado por dissidentes do PRTB, para apoiar Richa na eleição do ano passado. O diretor de transporte da Urbanização de Curitiba S. A. (Urbs) e coordenador financeiro da campanha, Fernando Eugênio Guignone, e o coordenador jurídico da campanha, Ivan Bonilha, também usaram do artifício de se mostrar um vídeo para isentar o prefeito. As imagens mostradas pelos assessores teriam sido feitas por Rodrigo Oriente, que também teria enviado o outro vídeo à produção do programa global.
Na entrevista, os escudeiros do prefeito não citaram nomes, mas, segundo a imprensa paranaense, deixaram transparecer que o senador Álvaro Dias (PSDB) seria um dos principais interessados no escândalo. Richa e Dias querem a indicação do partido para a disputa do Governo do Estado em 2010. O senador classificou a tese como infeliz.
Conspiratória ou não, a possibilidade de que membros de um mesmo partido possam brigar com tais armas por uma indicação deixam os brasileiros de cabelo em pé. Ela pode, até, não ser real neste caso no Paraná, mas é passível de acontecer em qualquer dos estados da União. De qualquer forma, sendo indicado e eleito um ou outro, a máquina partidária será a mesma. E ela fará algo diferente? Será tão ética quanto pode estar sendo? Acho que pensam que somos burros.

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